domingo, 30 de dezembro de 2012

Preto e Branco - XLII


Eduardo Teixeira Pinto

http://www.anterodealda.com/osdiastodosiguais

Azul - XMI


Mário Branco
Sebastião, o Sonhador
(1998)

http://www.arteflow.org/pintura/mrbranco/mb9.html

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Azul - XM


Adufe
revista cultural de Idanha-a-Nova
(nº 20 - 2012)

http://www.cm-idanhanova.pt/adufe/

Verde - XXII



Robert Schumann
Cenas da Floresta, Op. 82 (9 peças para Piano)
1-Entrada
(1849)




Robert Schumann
Cenas da Floresta, Op. 82 (9 peças para Piano)
9-Adeus
(1849)

Claudio Arrau
(1987)




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Azul - LXXXIX


La Fura dels Baus
Guimarães
(2012)

http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-fim-de-guimaraes-2012-vai-durar-48-horas-1576973

Arco-Íris


Era Uma Vez, Teatro de Marionetas
José Carlos Alegria
Évora - Portugal

www.almadarame.pt


Preto - XXVIII


4:44, The Last Day on Earth
Abel Ferrara

Fui ver o filme de Abel Ferrara, 4:44, The Last Day on Earth. Mudou muito o fim do mundo no cinema. No meu tempo - e mal sei se detenho autoridade para usar a expressão - o fim do mundo no cinema era outra coisa. Havia bombas, havia maus e bons. O fim do  mundo de Abel Ferrara é inturbulento e inimputável. No filme dele, vai tudo acabar com hora certa e asinina justificação científica: é um fim do mundo de telejornal.

Manuel S. Fonseca
Jornal Expresso, 8/09/2012


http://www.imdb.com/title/tt1707391/

Branco - L

    Para quem o lê, o romance é sempre um Bildungsroman, uma iniciação ao mundo. Ao abrangê-lo por todos os lados da palavra, ele oferece necessariamente uma organização do caos que pressentimos, nomeia-o. (...)
       Foi o romance quem criou o mundo, não foi?

Jorge Silva Melo
Jornal Público, 10/09/2005

Verde - XXI


Questão




Punha engodo nas
palavras que remexia
ou era só mais um coar
d'ervas maninhas 
com ossudas enxadadas?

Na sedução à espreita
que enseadas?




A.Oliveira
Lugares de lume

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Azul - LXXXVIII



Manuel Portela
Terra Google: Um Poema para Voz e Internet
(2012)

Branco - XLIX

O fim do mundo, sim. O começo do mundo, o big bang ou outra hipótese mais mítica, pouco me interessam. Mesmo a ideia de um  paraíso cheio de maçãs, uma nudez sem história nem pecado, e uma serpente a insinuar-se em conversas melosas, não me farão levantar o rabo da cadeira.
Já o fim do mundo sim. Quero, gostava de saber como é que esta horripilante aventura vai acabar, o que fará o apocalipse à colecção de Joe Berardo no CCB, à dívida soberana de Passos e Gaspar, ao aquecimento global da RTP. Acabará tudo à grega, com um bang, kuduro e a longínqua estridência de uma ópera chinesa ou vai tudo acabar à portuguesa, mais um suspiro do que num estrondo, um acorde plangente de guitarra e depois o vazio? (...)

Manuel S. Fonseca
O Fim do Mundo - Actual, jornal Expresso, 8/09/2012

Mulher - II

(...) O fim do mundo, sim. Talvez o fim do mundo nos revele o que um perplexo século de evolucionismo não foi capaz de desvelar. Como é que , na admirável engenharia do mundo, de tão económica racionalidade, se explica a sumptuária dissipação do orgasmo feminino? O prosaico orgasmo masculino é autoexplicativo: seminal e basta. Mas o esplendor, exuberante ou gutural, do êxtase feminino é um luxo obsceno, espécie de Prada ou Gucci da fusão dos corpos. (...)

Manuel S. Fonseca
O Fim do Mundo - Actual, Jornal Expresso
(8/09/2012)

Branco - XLVIII


Trufa branca
Alba (Itália)



www.quotidianopiemontese.it/2011/10/02/81esima-fiera-internazionale-del-tartufo-bianco

www.fieradeltartufo.org/

http://hotel-icastelli.com/turismo/alba-feira-internacional-trufa-branca/

http://aziende.virgilio.it/ente-fiera-nazionale-del-tartufo-bianco-dalba

domingo, 16 de dezembro de 2012

Vermelho - XLVII

ImpossívelNós podemos viver alegremente, 
Sem que venham com fórmulas legais, 
Unir as nossas mãos, eternamente, 
As mãos sacerdotais. 

Eu posso ver os ombros teus desnudos, 
Palpá-los, contemplar-lhes a brancura, 
E até beijar teus olhos tão ramudos, 
Cor de azeitona escura. 

Eu posso, se quiser, cheio de manha, 
Sondar, quando vestida, pra dar fé, 
A tua camisinha de bretanha, 
Ornada de crochet. 

Posso sentir-te em fogo, escandescida, 
De faces cor-de-rosa e vermelhão, 
Junto a mim, com langor, entredormida, 
Nas noites de verão. 

Eu posso, com valor que nada teme, 
Contigo preparar lautos festins, 
E ajudar-te a fazer o leite-creme, 
E os mélicos pudins. 

Eu tudo posso dar-te, tudo, tudo, 
Dar-te a vida, o calor, dar-te cognac, 
Hinos de amor, vestidos de veludo, 
E botas de duraque 

E até posso com ar de rei, que o sou! 
Dar-te cautelas brancas, minha rola, 
Da grande loteria que passou, 
Da boa, da espanhola, 

Já vês, pois, que podemos viver juntos, 
Nos mesmos aposentos confortáveis, 
Comer dos mesmos bolos e presuntos, 
E rir dos miseráveis. 

Nós podemos, nós dois, por nossa sina, 
Quando o Sol é mais rúbido e escarlate, 
Beber na mesma chávena da China, 
O nosso chocolate. 

E podemos até, noites amadas! 
Dormir juntos dum modo galhofeiro, 
Com as nossas cabeças repousadas, 
No mesmo travesseiro. 

Posso ser teu amigo até à morte, 
Sumamente amigo! Mas por lei, 
Ligar a minha sorte à tua sorte, 
Eu nunca poderei! 

Eu posso amar-te como o Dante amou, 
Seguir-te sempre como a luz ao raio, 
Mas ir, contigo, à igreja, isso não vou, 
Lá essa é que eu não caio! 
Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde

sábado, 15 de dezembro de 2012

Cores

     Na Praia do Almoxarife, às chuvas de um Outono precoce seguiram-se dias lindos. Os carros carregados dos últimos balseiros de uva chiavam para o lado das adegas. Os penedos que fechavam a língua de areia num anel douravam-se ao entardecer, e toda a lava das vinhas - o biscoito - ficava negra e despida debaixo de um sendal cor de palha, a que a folha das parras, crestada e caída uma a uma, dava uma nota sanguínea. João Garcia recolhia de um dos seus grandes passeios solitário ou em companhia do padrinho. Passavam aos grandes bebedoiros do gado, que deitavam água por fora e que as cabeças das vacas, rijamente enramadas, babavam bebendo devagar. Então apareci uma sainha curta ao longe, a forma tímida e vestida de escuro de Carlota, o bordão comprido e compassado ao encontro de João, apanhava uma folha da rama de milho caída das seves abertas e, desfiando-a nos dentes, aproveitava o minuto preciso para que todos se juntassem:
         - Vais hoje ao quino? Não faltes...
     E aquela intenção, sublinhada no beicinho rente e rápido, crava-se na alma de João como uma gota que dá falso rebate de chuva ou a pontinha insidiosa de uma alfinete perdido.

Vitorino Nemésio
Mau Tempo no Canal
(1944)

Branco - XLVII





"César Deve Morrer" é um filme que parece seguir o processo de encenação de uma peça teatral no ambiente especial de uma cadeia. Nunca o espectador se esquece disso, não há processo de sublimação pela arte ou de redenção naquelas imagens, simplesmente o desfibrar de sentimentos, a modulação humana de uma tragédia literária muito conhecida com as histórias de vida de quem a está a encarnar. Todavia, nada é improvisado, todos os diálogos foram escritos e reproduzidos.
"Mas são todos verdadeiros, este é um filme em que tudo é verdade e tudo é falso. Todas as histórias e as situações que os reclusos contam no filme foram-nos contadas por eles antes, aconteceram", precisa Paolo Taviani. Depois de uma escolha, colocadas na boca deste ou daquele no momento que pareceu dramaticamente justo, deram a "César Deve Morrer" a peculiar sensação de que há uma possante realidade por baixo da ficção — como se existissem várias camadas, vários estratos na sedimentação da nossa aproximação ao filme. Quando Brutus grita que matou César, sentimos nos olhos do intérprete que ele sabe o que isso é, que viveu o que viveu o gesto do assassínio. Esse facto dá a este filme uma enorme capacidade de perturbação, porque se trata de algo na confluência entre o que procura um documentarista — a verdade do real — e o que busca o ficcionista— a credibilização do fingimento. E nós sabemos. E isso é intensíssimo.

Jorge Leitão Ramos
Actual-Expresso, 3/11/12

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Luís Margalhau



Luís Margalhau
Peixe Miúdo
(2002)

Cores




Ananda Kríshna Roosli

MargasFilmes
(2011)

Preto - XXVII


Corvo Marinho
Plalacrocorax carbo


Censo europeu de corvos-marinhos invernantes janeiro 2013

Os corvos-marinhos Phalacrocorax carbo juntam-se em dormitórios em zonas húmidas (rios, estuários, lagoas e albufeiras). O objetivo deste censo é quantificar, num curto período em janeiro de 2013, a dimensão da população de corvos-marinhos invernante em Portugal, através da localização e contagem destes dormitórios. Pretendemos assim detetar estes locais e contar o número de exemplares presentes. (...)

A organização deste censo em Portugal está a cargo da SPEA e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, em articulação com a Contagem de Aves Aquáticas Invernantes. O censo está integrado no censo europeu de corvos-marinhos invernantes, do projeto CorMan (Sustainable Management of Cormorant Populations) da Comissão Europeia em parceira com o Cormorant Research Group da UICN e da Wetlands International e com o apoio da BirdLife International, entre outras entidades. O projeto CorMan surgiu em 2011, tendo como motivação base a redução dos conflitos entre a proteção dos corvos-marinhos e o setor das pescas.

http://www.spea.pt/pt/estudo-e-conservacao/censos/censo-corvos-marinhos/



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dave Brubeck



40 Days
Dave Brubeck
(1966)


Dave Brubeck Quartet:
Dave Brubeck, piano
Paul Desmond, sax. alto
Eugene Wright, contrabaixo
Joe Morello, bateria
(1966)



Branco - XLVI



Take The A Train
Billy Strayhorn
(1939)


Dave Brubeck Quartet:
Dave Brubeck, piano
Paul Desmond, sax. alto
Eugene Wright, contrabaixo
Joe Morello, bateria
(1966)



(1962)

http://www.musicstack.com/records-cds/dave+brubeck


Branco - XLV


Os ambientalistas da organização Sea Shepherd adquiriram recentemente para as suas atividades  contra a caça às baleias na Antártida, um navio japonês que dava apoio à frota baleeira daquele país, que não se apercebeu do sucedido porque a transação foi feita por meio de uma companhia norte-americana.
O navio que custou aos conservacionistas 2 milhões de dólares, pertencia ao serviço de Meteorologia japonês. Sob o nome "Seifu Maru", recolhia dados sobre as correntes marinhas para a frota baleeira japonesa e estava atracado no porto de Shimonoseki, onde se encontram ancoradas as embarcações usadas na caça à baleia pelo governo japonês.
O "Seifu Maru", agora rebatizado "Sam Simon" - em homenagem a um dos pais da série “Os Simpsons”, um conhecido defensor dos direitos dos animais - juntar-se-á aos quatro outros navios e um helicóptero que partirão para a Antártida no fim do mês, para tentar impedir a caça à baleia pelos navios japoneses. (...)
(11/12/2012)
http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Ambientalistas-compram-ao-Japao-navio-para-sabotar-as-atividades-baleeiras-daquele-pais?bl=1


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Azul - LXXXVII


Peixe-Relógio
Hoplostethus atlanticus

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hoplostethus_atlanticus
www.horta.uac.pt/projectos/saber/200403/fotossemanapescas



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Azul - LXXXVI

O último exemplar de ararinha-azul fêmea, a ave mais rara do mundo, que vive em cativeiro no Estado da Baía, Brasil, vai ser lançado na natureza para acasalar com o último macho da sua espécie que vive em liberdade na mesma região, anunciaram biólogos brasileiros citados pela AFP. A gaiola da última Cyapnositta spixii (o nome científico do animal) foi montada no sertão da Baía, onde se encontra o seu futuro companheiro. Este, como não tem tido companheira, tem acasalado nos últimos anos com outras espécies de papagaios. (...)

Jornal Público
(23/10/1994)






Ararinha Azul (Cyanopsitta Spixii) vivia na Bahia, na região do vale do Rio São Francisco. É considerada uma das aves mais belas do mundo. Por isso era caçada intensamente para ser usada como objeto de decoração ou animal de estimação.
Vítima da depredação do Planeta Terra pelos homens foi considerada extinta  em 2002, quando o último exemplar existente em liberdade desapareceu. Continua existindo em cativeiro hoje temos 78 aves espalhadas pelo mundo, sendo 8 no Brasil, 50 em Qatar, 14 na Alemanha e 6 na Espanha. 
www.coisasinteressantes.com.br
(2010)


Cores


http://thecolorrun.pt/index.php



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pedro Carneiro



Minoru Miki
Marimba Spiritual
(1983)

Pedro Carneiro (marimba)
Mariko Yamamoto, Chieko Sugiyama e estudante (percussão)
(2007)

Preto e Branco - XLI

XADREZ

II

Ténue rei, sesgo bispo, encarniçada 
Dama, torre directa e peão ladino 
Sobre o negro e branco do caminho 
Buscam e travam sua batalha armada. 

Não sabem que a mão assinalada 
Do jogador governa o seu destino, 
Não sabem que um rigor adamantino 
Lhes sujeita o arbítrio e a jornada. 

Também o jogador é prisioneiro 
(A sentença é de Omar) de outro tabuleiro 
De negras noites e de brancos dias. 

Deus move o jogador e este a peça. 
Que Deus atrás de Deus a trama tece 
De pó e tempo e sonho e agonias?


Jorge Luís Borges
O Fazedor
(1960)
Difel, trad. de Miguel Tamen, revista por Luísa Costa Gomes e Juan Carlos Vásquez (2002)


domingo, 2 de dezembro de 2012

Azul - LXXXV



Museu do Ar
Sintra


Azul - LXXXIV


Pesca do Bonito
S. Jorge - Açores - Portugal

http://560pt.blogspot.pt/2011/05/conserveira-santa-catarina-o-atum-mais.html
http://www.boasnoticias.pt/noticias_Atum



Preto e Branco - XL


Nova Zelândia

http://www.frot.co.nz/milk/all.about.milk.htm