quarta-feira, 28 de maio de 2014

Amarelo - L


Caribaci

Tulipeiro em flor
(Liriodendron tulipifera)
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
(2014)


Caribaci

Flor do Tulipeiro
(Liriodendron tulipifera)
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
(2014)


Liriodendron tulipifera, o nome científico do tulipeiro-da-virgínia, ou árvore-do-ponto ou simplesmente tulipeiro, pode atingir mais de 50 metros de altura. O seu habitat natural é no Leste e Centro dos Estados Unidos. (...)

Tal como a magnólia, o tulipeiro é uma árvore que se estabeleceu numa altura muito inicial da dispersão das angiospérmicas. Na investigação, de uma equipa de cientistas da Universidade do Indiana e do Arkansas, nos Estados Unidos, sequenciou-se o ADN das mitocôndrias para o caracterizar e avaliar a rapidez com que esta espécie está a evoluir. (...)

Os resultados da equipa mostram um ADN mitocondrial extremamente conservado no tempo, que pouco mudou desde a altura dos dinossauros. Os investigadores observaram as mutações silenciosas, aquelas que não causam problemas no funcionamento dos genes, e descobriram que, comparadas com as mutações nos humanos, no tulipeiro acontecem 2000 vezes mais devagar. Isto significa que a quantidade de alterações genéticas ocorridas numa única geração de Homo sapiens demora, no tulipeiro, qualquer coisa como 50.000 anos. (...)


http://www.publico.pt/ciencia/noticia/adn-do-tulipeirodavirginia-esta-praticamente-congelado-1591719

Cores



Infusão de Ciência 
Jardim Botânico de Coimbra
(2014)


http://www.uc.pt/jardimbotanico/noticias_01/infusao_ciencia_2014_2015

sábado, 24 de maio de 2014

1955


Sporting Lisboa 3  -  3 Partisan Belgrado 
(4/09/1955)


"O primeiro golo da história da Taça dos Campeões europeus: aos 14 minutos, o sportinguista João Martins (conhecido por sexto violino) marcou a Stojanivic do Partizan"

http://leaodaestrela.blogspot.pt/2010/09/campeoes-europeus-primeiro-jogo-foi-ha.html


http://www.uefa.com/uefachampionsleague/season=1955/matches/round=891/index.html
http://www.europeancuphistory.com/euro56.html

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Azul - MXXXI



Hans Silvester
Ethiopia: Peoples of the Omo Valley
(2007)


http://lounge.obviousmag.org/anna_anjos/2012/10/hans-silvester-nasceu-na-alemanha.html


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cores



Exposição - Museu Britânico:
Ancient Lives, New Discoveries
(Vidas Antigas, Novas Descobertas)
(2014)


http://www.britishmuseum.org/whats_on/exhibitions/ancient_lives.aspx
http://archaeologynewsnetwork.blogspot.pt/

Branco - MXXXIV



Atlas dos Morcegos de Portugal Continental
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)
(2014)

(...) Sabe-se que existem 25 espécies de morcegos em Portugal continental (nos Açores e Madeira, além dessas espécies, há mais duas). Durante o projecto, detectaram-se 24 espécies no continente: ficou por encontrar o morcego-arborícola-grande (Nyctalus noctula), espécie cuja presença tinha sido registada no Norte do país.(...)


Jornal Público
(01/05/2014)



Morcego-arborícola-grande

http://www.naturephoto-cz.com/morcego-arboricola-grande-picture_pt-16172.html


[Os morcegos] Apesar de terem uma grande longevidade - podem viver até 30 anos -, como têm apenas uma cria por ano constituem o "grupo mais ameaçado da nossa fauna", frisa Jorge Palmeirim, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. (...)


Jornal Público
(01/05/2014)

Preto e Branco - LXXII



Rodrigo de Matos
Jornal Expresso
(2013)



http://www.publico.pt/cultura/noticia/cartoonista-rodrigo-de-matos-venceu-grande-premio-press-cartoon-europe-1623649

terça-feira, 20 de maio de 2014

Manuel Filipe



Manuel Filipe

Inverno-Primavera 

(Homenagem à Sagração da Primavera de Igor Stravinski)

 (1978)




http://cam.gulbenkian.pt/index.php?article=64743&visual=2&langId=1

http://www.cm-vfxira.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=70755#.U3snvNJdWSp

Verde - XXXIX

Pato-real
(Anas platyrnynchos)

Foto: C.R.
Reserva Natural Riberas de Castronuño - Vega del Duero

http://www.tordesillas.net/




domingo, 18 de maio de 2014

Coldplay



Coldplay
Viva La Vida
(2008)

Rock In Rio
(2011)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Amor - XLII



Francesco Cavalli
Elena (dueto Elena/Menelau)
(1659)

Capella Mediterranea
Leonardo García Alarcón (dir.)
Emöke Barath (Elena)
Valer Barna-Sabadus (Menelau)
(2013)

Cinzento - V



Fidalgo Pedrosa



http://www.cae.pt/

Vermelho - LXV



Teresa Huertas
(Journey's End 1)
(2008)


Journey's End situa-se num território limiar entre a ficção e a realidade, a memória individual e a memória coletiva, o Eu e o Outro, o privado e o público. Estamos num espaço de representação, que convoca elementos da cultura e do imaginário de um país, desenhado por uma história e geografia de austeridade.(...)




http://www.cae.pt/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Azul - MXXX



Caribaci
Azul


Azul - MXXIX



Maldivas
Ithaa Undersea Restaurant



http://www.sayido.com.br/archives/12557

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Branco - MXXXIII


Não me vou alongar por este tema, basta saber que um bom livro deve ter mais do que uma pele, deve ser um prédio de vários andares. O rés do chão não serve à literatura. Está muito bem para a construção civil, é cómodo para quem não gosta de subir escadas, útil para quem não pode subir escadas, mas para a literatura há que haver andares empilhados uns em cima dos outros. Escadas e escadarias, letras abaixo, letras acima.


Afonso Cruz
Os Livros Que Devoraram o Meu Pai - A Estranha e Mágica História de Vivaldo Bonfim, Editorial Caminho
(2010)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Amarelo - XLIX



Zelig
(2010)


"Aí fica o alinhamento:
1 - Sopro da Morte 2 - Supernoiva 3 - Pangpong 4 - Contra o quê? 5 - Despedida 6 - Vodasucks
7 - Mox 8 - Tchamini 9 - Tube Dance 10 - Joyce 11 - Inspector 12 - Zotimox 13 - Cobrinhas"

http://blitz.sapo.pt/primeiro-album-dos-zelig-a-venda-no-fim-do-mes=f61123

http://zeligmusic.com/



Amor - XLI


Amor, a ti me venh'ora queixar
de mia senhor, que te faz enviar
cada u dormio sempre m'espertar
e faz-me de gran coita sofredor.
Pois m'ela non quer veer nen falar,
     que me queres, Amor?


Este queixume te venh'or dizer:
que me non queiras meu sono tolher
pola fremosa do bon parecer
que de matar home sempr'ha sabor.
Pois m'ela nëún ben quiso fazer,
     que me queres, Amor?

Amor, castiga-te desto, por én
que me non tolhas meu sono por quen
me quis matar e me teve en desden
e de mia morte será pecador.
Pois m'ela nunca quiso fazer ben,
     que me queres, Amor?

Amor, castiga-te desto, por tal
que me non tolhas meu sono por qual
me non faz ben e sol me faz gran mal
e mi o fará, desto son julgador.
Poi-lo seu ben cedo coita mi val,
     que me queres, Amor?



Fernando Esquío
(finais séc. XIII)


http://cantigas.fcsh.unl.pt/autor.asp?cdaut=37

http://bvg.udc.es/


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Natália Correia





AUTOGÉNESE



Nascitura estava
sem faca nos dentes
cómoda e impura
de não ter vontade
de bater nas gentes.

Nasce-se em setúbal
nasce-se em pequim
eu sou dos açores
(relativamente
naquilo que tenho
de basalto e flores)
mas não é assim:
a gente só nasce
quando somos nós
que temos as dores;

pragas e castigos
foram-me gerando
por trás dos postigos
e um fórceps de raiva
me arrancou toda
em sangue de mim.

Nascitura estava
sorria e jantava
e um beijo me deste
tu Pedro ou Silvestre
turvo namorado
do verão ou de outono
hibernal afecto
casca azul do sono
sem unhas do feto.

Eu nasci das balas
eu cresci das setas
que em prendas de sala
me foram jogando
os mulheres poetas
eu nasci dos seios
dores que me cresceram
pomos do ciúme
dos que os não morderam;

nasci de me verem 
sempre de soslaio
de eu dizer em junho
e eles em maio
de ser como eles
às vezes por fora
mas nunca por dentro 
perfil de uma estátua
que não sou de frente.

Nascitura estava
e mais que imperfeita
de ser sorte ou dado
que qualquer mão deita.

Eu nasci de haver
os bairros da lata
do dedo que escapa
dos sapatos rotos
da fome que mata
o que quer nascer
e que o sábio guarda
em frascos de abortos

eu nasci de ver
cheirar e ouvir
dum odor a mortos
(judeus enlatados
para caberem mais
mas desinfectados)
pelas chaminés
nazis a sair
de te ver passar
de me despedir
de teus olhos tristes
como se existisses.

Nascitura estava
tom de rosa pulcra
eu me declinava
vésper em latim:
impura de todos
gostarem de mim.


Natália Correia
edoi lelia doura
antologia das vozes comunicantes
da poesia moderna portuguesa
Assírio & Alvim
1985


http://canaldepoesia.blogspot.pt/2011/06/natalia-correia-autogenese.html



Cores

Os sinais  estão aí. Vemo-los sem olhar, esmagados pelas contas e pelos prazos: comer para viver, pagar a prestação da casa, comprar os comprimidos. Sobreviver com cada vez menos, com o essencial, na fronteira mais recuada da dignidade. Por vezes, já abaixo dela, embora procuremos convencer-nos de que assim não é. Concentramo-nos no essencial enquanto nos dizem que quase tudo é supérfluo, e tentamos não ver o cenário que se abre à nossa frente. (...)
Lojas semivazias, fechadas ou em liquidação total. Vitrinas menos brilhantes e menos preenchidas, anunciando produtos de menor qualidade. Os hotéis e os restaurantes com menos clientes, substituídos pelas pensões baratas e pelos cafés de bairro. Come-se pior para se comer mais barato. Desliga-se o aquecimento. Já quase se não vê roupa nova, fardas refulgentes, música a saltar dos carros, filas para concertos, excursões a caminho das praias. Fora do mundo protegido das crianças, há agora menos cor e menos riso, fala-se mais baixo, os corpos movimentam-se mais devagar. Já poucos fazem planos. 


Rui Bebiano
Diário as beiras
(15/03/2014)

Branco - MXXXII



José Marín
Tonos Humanos
(1674)

Marizápalos: 
Cristina Bayón, soprano
Isabel Gómez-Serranillos, cello barroco
Aníbal Soriano, guitarra barroca y dirección


terça-feira, 6 de maio de 2014

Azul - MXXVIII



Fausto
A Embala de Silva Porto
(2011)

domingo, 4 de maio de 2014

Steve Reich



Steve Reich
Electric Counterpoint III
Pat Metheny
(1987)

sábado, 3 de maio de 2014

Ruy Cinatti


A TERCEIRA VOZ


Com palavras incautas celebrei
o perfil da Terra. Eram incautas.
Não do meu domínio
visual. Incautas e 
recuadas
como nas almas 
o diálogo. Assim toquei
o gume da catana,
a casca de árvore, a luz
da tarde, a
face...



Ruy Cinatti
56 Poemas, Relógio D'Água
(1981)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Branco - MXXXI


Paulo de Carvalho
Antes que seja tarde
(1972-74)

(...) Em 1972, ocorreu uma conturbada
participação de José Afonso no VII Festival
Internacional da Canção (FIC), no Rio de Janeiro.
O maior nome da canção portuguesa foi
escolhido para representar Portugal no Festival
por meio de telefonemas a uma rádio, junto com
o cantor português, Paulo de Carvalho. Este
último foi preterido pelo próprio Festival, porém
a canção que ele interpretaria, Antes que seja
tarde, de Pedro Osório e José Niza, segundo o
último, foi vetada pela censura brasileira e
teve de ser escrita por Niza uma outra letra:
Maria, vida fria. (...)


 Alexandre Felipe Fiuza. 
“As metáforas e a censura ao cancioneiro engajado no Brasil, Portugal e Espanha. ”Revista Temas & Matizes - Unioeste - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - vol. 5 - Nº 10 - 2º Semestre de 2006, p. 53-60


www.unioeste.br/saber


Porque choram os teus olhos? diz...
Porque tens medo do mar?
Porque vives de ilusão,
E é fria a tua mão,
E dizes sempre não?
O que foi que o mar levou de ti?
Com que ondas te enganou?
Que esperança te roubou, a angústia te rasgou?
Maria lua, dançando nua no chão da rua...
Maria, Maria, vida fria...
Maria amar, Maria amor, Maria paz...Maria... tanto faz...
Porque choram os teus olhos? diz...
Porque tens medo do mar?
Por um barco que não vem,
Tua cama foi de cem,
Teu corpo, de ninguém.
Em teu rosto de criança estão
Dois cardos de solidão.
Na tua carne de mulher,
As noites de quem quer.
Maria lua, dançando nua no chão da rua...
Maria, Maria, vida fria...Maria muita, Maria pouca, Maria louca...
Maria amar, Maria amor...
Maria nua, dançando à lua no chão da rua...
Maria, Maria, vida fria...
Maria muita, Maria pouca, Maria louca...
Maria amor, Maria paz...
Maria...tanto faz...


http://faixa5.blogspot.pt/2008/03/maria-vida-fria.html

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Verde - XXXVIII


Caribaci

Jardim Botânico de Coimbra
(2014)