domingo, 27 de novembro de 2011

Vermelho - XVIII

Todas as vezes que entrava numa sala onde estava gente ele fazia-se vermelho.
Era-lhe normal corar quando alguém mentia. Sentia a mentira à distância e captava-a sem mais nem menos. O sangue dava-lhe tabefes desproporcionados e quase sufocava ao ver uma senhora a dizer quantos anos tinha. A mentira fazia-o sofrer e sentia o sopapar das veias ao vestibular-se nos hotéis dos países mais conhecidos.
Morava no bairro da Estrela. 

Ruben A.
Cores (1960)

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