quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Franz Schubert



Franz Schubert
Impromptus Op. 90, nº 2
(1827)

Krystian Zimerman

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Amarelo - XXVIII



CINANIMA 2012
36º Festival Internacional de Cinema de Animação
Espinho
Portugal
(12-18/11/12)

Preto - XXVI


Graça Morais
A Caminhada do Medo
(2011)


Mulheres - VIII



Mulheres I


Que dizer
das mulheres?

Que são
donas 
dos talheres
em que dançamos 
(no gume)
escalando
o lume.



A.Oliveira
 Lugares de lume

Mulheres - VII


Robert Musil
Três Mulheres
(1924)



Cores


A estrela banhou de rosa a polpa de tuas orelhas
O infinito cobriu a branco de tua nuca a teu ventre
O orvalho marinho arruivou tuas tetas vermelhas
E o Homem sangrou negro a teu flanco eminente...

Arthur Rimbaud
Cartas do Visionário e mais nove poemas
Trad. Ângelo Novo
(1871)

Vermelho - XLIII


Caranguejo Vermelho


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mulheres - VI



Nina Simone
Four Women
(1969)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Amor - XIV

Carta de uma universitária de Lisboa de nome Mariana a seu noivo (?) António em parte incerta


     "Quantos milhares de anos somam estes três meses? E no entanto, quando zarpaste, eu não estava (e alguma vez estarei?) segura de nada. É assim a ausência a mãe da falta, deste vazio fundo em que me vadio por aí com tudo e com todos? Ou é antes no contraste de ti com isto, o que resta, o silêncio do resto, estas noitadas por aí à balda, as cadeiras serem cadeiritas, a contestação da malta uma merda que se vende em discos e cartazes, mas o que é que eu ando a fazer no meio desta gaita toda, eu que nem sequer tenho de que desertar e antes pelo contrário, enfio, enfileiro, e entregar-me, uma ova.
(...)
                                                                                                        Mariana

                                                                                                                    29/5/71


Maria Isabel Barreno
Maria Teresa Horta
Maria Velho da Costa
Novas Cartas Portuguesas
(25/10/1972)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Amor - XIII

Primeira Carta IV

Como é que  o amor é possível?
Como é que não é possível?
que mais importa:
a história de um amor?
ou um amor na História?
                             na estória?

30/3/71


Maria Isabel Barreno
Maria Teresa Horta
Maria Velho da Costa
Novas Cartas Portuguesas
(25/10/1972)

Branco - XLIII

Segunda Carta VIII

                   Irmãs:

     Uma de nós perguntou:

   "Mas o que pode a literatura? Ou antes: o que podem as palavras?

      E eu hoje respondo (nos) com esta frase de Reynaldo Arenas:

      "Nesse tempo sentia-me só e refugiava-me na literatura"

(...)

20/6/71

Maria Isabel Barreno
Maria Teresa Horta
Maria Velho da Costa
Novas Cartas Portuguesas
(25/10/1972)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Branco - XLII

    E pensar - disse para comigo - que uma das coisas que as pessoas não costumam compreender nos escritores - nos escritores sérios, pelo menos - é que não se começa por ter alguma coisa para escrever e  então escreve-se sobre isso, mas porque é o processo de escrever propriamente dito que permite ao autor descobrir o que quer dizer.

Enrique Vila-Matas
Perder Teorias
(2011)

domingo, 21 de outubro de 2012

Azul - LXXVIII

  Aquele anjo ferocíssimo riscando de azul a linha dos campos.

Ângelo Novo
(1995)
Prefácio de Cartas do Visionário e mais nove poemas, Arthur Rimbaud

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Azul - LXXVI

      PERCEPÇÃO


Entre mergulhos
uma pedra rasa salta três vezes
na água.
E assim se divide,
assim se parte
o rio. A infância 
dum lado. Do outro
a terra firme
onde isto se passou.

Pedro Mexia
Em Memória
(2000)

Violeta - XIV



Quizás, Quizás, Quizás
Osvaldo Farrés
(1947)

Omara Portuondo
Ibrahim Ferrer
Roberto Fonseca (p.)
(2005?)

Amarelo - XXVII



Leonor Noivo
A Cidade e o Sol
(2012)

Branco - XLI


1º Ciclo de Cinema Contemporâneo Português
ESAD - Caldas da Rainha
(2012)


Amarelo - XXVI


José Daniel Abrunheiro
Pátria, Lugar de Exílio
(1991)


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Oumou Sangaré



Oumou Sangaré
Moussolou

Álbum Moussolou
(1989)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Preto - XXIV


Alqueva
Programa Dark Sky
(2012)


Franz Schubert



Franz Schubert
Sonata para piano nº 21 Op. 960, 2º andamento
(1828)

Maria João Pires
(1986)

Branco - XL


23º Festival Internacional
de 
Banda Desenhada
Amadora
(2012)




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Vermelho - XLI



Citemor
Teatro Pradillo
Madrid
(2012)

Preto - XXIII



Neil Young e Bob Dylan
Helpless (N.Y.)
Knockin' on Heaven's Door (B.D.)
(1975)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Beethoven



Ludwig van Beethoven
Concerto para Violino e Orquestra, Op. 61
(1806)

Itzhak Perlman (violino)
Daniel Barenboim (maestro)
Orquestra Filarmónica de Berlim
(1992)

Preto - XXII



Paul McCartney
(2012)
Bye Bye Black Bird 
(1927)

Amarelo - XXV

POLAROIDS & FOTOCÓPIAS


Da realidade tens fotografias e mesmo
as que não são polaroids não resistirão
séculos, os textos com que fazes prova
ficam amarelos e desfazem-se ou são
fotocópias e esbatem-se, nada ficará,
fetichista da imortalidade, só o cuidado
inútil com que guardas tudo em pastas.

Pedro Mexia
Em Memória
(2000)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Azul - LXXIV



Caribaci
Alicante Bouschet
Casa de Santar
(2012)


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vermelho - XL


Estrela R Sculptoris
Telescópio Alma
(2012)

Durante a fase de gigantes vermelhas, as estrelas sofrem periodicamente pulsações térmicas. Este fenómeno corresponde a períodos de curta duração, em que se verificam explosões de combustão de hélio na concha que envolve o núcleo estelar.
Uma pulsação térmica faz com que a matéria seja expelida para fora da estrela a uma taxa muito elevada, o que origina a formação de uma grande concha de poeira e gás em torno da estrela.





domingo, 7 de outubro de 2012

Azul - LXXIII


Carl Sagan
Pálido Ponto Azul
(1994)


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cores

     - Que poderes achas que estás a perder, Mãe? - pergunta o filho, hesitante.
    - Estou a perder - diz ela divertida - o poder do desejo. - Perdida por cem, perdida por mil.
   - Eu não diria que o desejo tem poder - responde John determinado, pegando na deixa. - Intensidade talvez. Voltagem. Mas não poder, potência. O desejo pode levar-nos a querer subir uma montanha, mas não nos leva ao cume.
      - Que é que te levaria ao cume?
  - Energia. Combustível. O que tivermos armazenado previamente.
  - Energia. Queres saber qual é a minha teoria da energia, a energética de uma pessoa de idade? Não te aflijas, não tem nada de íntimo que possa deixar-te pouco à vontade, e também não tem nada de metafísico, nem uma gota. O mais materialista possível. É assim. À medida que envelhecemos, todas as partes do nosso corpo se deterioram ou sofrem de entropia, até as próprias células. É isso que significa envelhecer, de um ponto de vista material. Mesmo nos casos em que ainda estão saudáveis, as células velhas são tocadas pelas cores do Outono (uma metáfora, concordo, mas uma pitada de metáfora aqui e ali não quer dizer metafísica). Isto é o que acontece também a muitas, muitas células do cérebro. Assim como a Primavera é a estação que anseia pelo Verão, o Outono é a estação que olha para trás. Os desejos concebidos pelas células outonais do cérebro são desejos outonais, nostálgicos, com raiz na memória. Não têm já o calor do Verão; a intensidade que têm é polivalente, complexa, mais voltada para o passado do que para o futuro. Aqui tens, no fundamental, a minha contribuição para a ciência do cérebro. Que te parece?

John Maxwell Coetzee
À medida que uma mulher envelhece 
(2004)
(in: Ficções-Revista de Contos, nº 14)

    

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vermelho - XXXVII


Câmara do Rôbo Curiosity
Marte
(2012)


Vermelho - XXXVI


Marte
Sonda-robô Curiosity
(2012)


Branco - LXXXVIII


     Foram detetados os primeiros detritos de plástico no Oceano Antártico. Esta descoberta foi realizada durante uma expedição do navio de investigação francês Tara, ao longo de 70 mil milhas nos oceanos Atlântico, Pacífico, Antártico e Índico que durou dois anos e meio. Esta expedição tinha como objetivo estudar a biodiversidade e os ecossistemas marinhos no âmbito das alterações climáticas.
   “Sempre assumimos que este era um ambiente prístino, muito pouco tocado pelos seres humanos”, referiu Bowler Chris, coordenador científico do Tara Oceans. “O facto de termos encontrado estes plásticos é um sinal de que o alcance dos seres humanos é verdadeiramente planetário.”