sábado, 31 de dezembro de 2016

Branco - XCIV


EU VI AS VOZES




Eu vi as vozes claramente vistas

e quis ver mais:

é este o quase branco dos avós

e dos avós desses avós sem pais?



Não ouço o silêncio que desliza

pelo branco,

nem quero saber mais:

eu vi as vozes sem sons nem pranto.





José António Matos

Que venham as aves - poemas 2005/2015, Real Gana, i.e., Figueira da Foz, 2016


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