É como dar a papa mastigada ao bebé. As pessoas encontram na literatura light não a inquietação, mas a segurança e podem dormir descansadas. Também por isso, a literatura light se mistura com a própria vida das suas figuras. Essa mistura é seguradora e os leitores acabam por viver em diferido não só a história dos livros, mas também dos seus autores. Se alguma deontologia preside à escrita é exactamente essa, não ceder a essa coisa acarinhante do final feliz. Os escritores devem ser filhos e pais do seu tempo.
Lídia Jorge
JL, 16/10/2002
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