quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Amor - LVIII

IV.


A graça feminina
Ainda mantém o mundo.
E secamente o digo, Poetas,
Se não cantais o amor.


Se não cantais em louvor

Da graça duma ternura,
Que é a vida? Ai, amor,
A vida é uma amargura.




Natal, 1956



Afonso Duarte

Lápides e outros poemas (1956-1957), Iniciativas Editoriais, 1960

Sem comentários:

Enviar um comentário