A VIDA ÁUREA
Por vezes não deseja os extremos,
o homem. Respira o ar mediano
na meia-cena. Encosta o dorso
no espaldar, e um dia tenta
levantar-se, como se a ser sugado
pelo grande Cacus, monstro da caverna.
Na mitologia, esse homem era
o simples, o perdedor eufórico.
Come de sua casa, veste de sua lã,
viajará na azémola.
Fiama Hasse Pais Brandão
Cenas Vivas
(2000)
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