"Cresce atrás das coisas como incêndio de verdade". (Rilke - trad. MariaT.Furtado)
domingo, 27 de outubro de 2013
Amarelo - XLVII
The Dubliners
Whiskey in The Jar (trad.)
(2002)
As I was a goin' over the far famed Kerry mountains
I met with captain Farrell and his money he was counting
I first produced my pistol and I then produced my rapier
Saying "Stand and deliver" for he were a bold deceiver
Chorus:
Mush-a ring dum-a do dum-a da
Wack fall the daddy-o, wack fall the daddy-o
There's whiskey in the jar
I counted out his money and it made a pretty penny
I put it in me pocket and I took it home to Jenny
She sighed and she swore that she never would deceive me
But the devil take the women for they never can be easy
(Chorus)
I went up to my chamber, all for to take a slumber
I dreamt of gold and jewels and for sure 't was no wonder
But Jenny drew me charges and she filled them up with water
Then sent for captain Farrell to be ready for the slaughter
(Chorus)
'twas early in the morning, just before I rose to travel
Up comes a band of footmen and likewise captain Farrell
I first produced me pistol for she stole away me rapier
I couldn't shoot the water, so a prisoner I was taken
(Chorus)
Now there's some take delight in the carriages a rolling
and others take delight in the hurling and the bowling
but I take delight in the juice of the barley
and courting pretty fair maids in the morning bright and early
(Chorus)
If anyone can aid me 't is my brother in the army
If I can find his station in Cork or in Killarney
And if he'll go with me, we'll go rovin' in Kilkenny
And I'm sure he'll treat me better than my own a-sporting Jenny
(Chorus)
http://www.lyrics007.com/Dubliners%20Lyrics/Whiskey%20In%20The%20Jar%20Lyrics.html
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Simone Kermes
Georg Friedrich Haendel
Furie Terribili (Rinaldo)
(1711)
Simone Kermes
Orquestra Barroca de Veneza
(2010)
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Cores
Sou a formosa Europa raptada por Zeus nas paragens da Fenícia e trazida nos lombos do touro até às bordas do Poente, junto do mar Oceano, até às colunas de Hércules, ao jardim das Hespérides, à cidade de Ulisses...
"Vais longe buscar Europa".
"Buscá-la longe aonde o sol nasce e levá-la longe aonde se põe e, dando a volta ao mundo, torná-la a donde veio."
Haja alegria e uvas, citrinos, tomates e alfaces para colher e o bolso sempre se vai aquecendo.
Uma águia nos céus. Pairantes lentas asas sobre o cume das montanhas de neve e anil e abruptas quedas lascadas de precipícios... Olha acolá um português a passear pela Europa dos romanos. Tão pequenino! Os cabelos têm madeixas louras, negras de azeviche, castanhas, são-lhe irisados os olhos de azul, verde, escuridão de pélago, pele branca, tisnada, amalgamada de todas as cores...
Fernando Campos
Viagem ao Ponto de Fuga (contos), Difel, 1999
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domingo, 20 de outubro de 2013
Mulher - III
ALEGRIA
Novidade é uma rapariga solta
que passa,
me afaga,
redime
quando nela fito
os meus olhos piscos
e rio.
Ruy Cinatti
tempo da cidade
(1996)
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Ruy Cinatti
O SOM E A NOITE
Silenciosa a noite e os instrumentos
esquecidos no jardim,
estacionários, como pensionários.
Levanto-os num fio d'água
ouvido quando olho os instrumentos
e a noite me detém os passos.
Uma vaga música vem atrás de mim
silenciosa como a noite, o fio d'água.
A festa começou no meu jardim.
Ruy Cinatti
tempo da cidade, Ed. Presença, 1996
Silenciosa a noite e os instrumentos
esquecidos no jardim,
estacionários, como pensionários.
Levanto-os num fio d'água
ouvido quando olho os instrumentos
e a noite me detém os passos.
Uma vaga música vem atrás de mim
silenciosa como a noite, o fio d'água.
A festa começou no meu jardim.
Ruy Cinatti
tempo da cidade, Ed. Presença, 1996
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Azul - MXV
O despertar nesta cidade é diferente daquele a que estamos habituados. É que o dia nasce em silêncio, num silêncio apenas perturbado por alguma exclamação solta, uma gelosia metálica a ser corrida, o bater de asas dos pombos. Quantas vezes, pensei eu, não estive assim deitado num quarto de hotel, em Viena, Frankfurt ou Bruxelas, a escutar, de sentidos alerta, as mãos sob a cabeça, não o silêncio, como aqui, mas a irrupção do tráfego que antes já me tinha massacrado durante horas. Então é isto, penso eu nessas ocasiões, o novo oceano. Incessantemente, as grandes vagas que cobrem toda a amplitude das cidades, cada vez mais ruidosas, cada vez mais altas, quebram-se numa espécie de frenesim no auge do seu estrépito e correm pelo asfalto e pelas pedras enquanto novos vagalhões se preparam para desabar na barragem do sinal vermelho.
W.G. Sebald
(2001)
Vertigens. Impressões, Teorema, 2006
Branco - LXXII
Os primeiros americanos associavam a sua altivez a uma singular humildade. A arrogância espiritual era coisa estranha à sua natureza e à sua instrução. Eles nunca pretenderam que o poder da palavra articulada fosse uma prova de superioridade em relação à criação muda; pelo contrário, esse poder constitui para eles uma dádiva perigosa. Eles crêem profundamente no silêncio - que é sinal de um perfeito equilíbrio. O silêncio é a balança e o aprumo absolutos de corpo, mente e espírito.
Ohiyesa
A Fala do Índio, Auto-Retrato da Vida dos Povos Nativos da América do Norte, Fenda, 2000.
domingo, 13 de outubro de 2013
Amor - XXVI
David Bowie/ Mogol
Ragazzo Solo, Ragazza Sola (Space Odity)
(1969)
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Cores
Bianca Nerlich
Nascida na Alemanha e a viver desde há alguns anos na Figueira da Foz, Bianca Nerlich revela o que está escondido ao olhar: a longevidade, o tempo, o espírito, a intensidade e os momentos. As suas fotografias são uma homenagem respeitosa ao charme do presente envelhecido, mais do que um hino aos bons velhos tempos.
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