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(...) Quem entra em Anticyclone vagueia, assim, entre espaços e corpos, tacteando emoções e gestos até que o doméstico se confunde com o onírico, o quotidiano com o fantástico: no mesmo mundo, participam o nevoeiro que vela um rosto e um aniversário que aguarda a celebração numa mesa enfeitada. A misteriosa rapariga de vestido branco e a mulher que lê, conformada, uma revista. Não se encontram sinais de espaços urbanos, da cidade, e rareiam os da tecnologia. A influência do anticiclone dos Açores, a personagem invisível, mas omnipresente, das narrativas, surge nas cores, nas sombras, nas paisagens. (...)
José Marmeleira
Público, 16/1/2015
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