domingo, 17 de julho de 2011

Azul - VIII



Estação da C.P. - Caminha




O comum do azul vos prolonga
a flutuar no tempo indefinível,
que se multiplica nas horas,
com a fraterna perfeição dos remos.

As navegações são tão íntimas
que a inclinação dos movimentos
nos mantém em livre acesso ao areal.

Pulsai, pulsai o cintilante sono
com o marinheiro, de afãs seguidos
que não esquece ao velho do Restelo
em sua barca de rio, possuindo o mar.

Xosé Lois García
O Som das Águas Lentas (1999)

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