sábado, 9 de julho de 2011

Azul - VII




Quando as paródias não se multiplicam
pelo contágio triunfal dos lábios
os arcos unificam a voz em grito
da alegria das peixeiras.

Algo dói no derradeiro eco que se sente
como se o ar mordesse, como uma fera,
a síplica das bocas que não têm final.

Horizonte de asas para a solidão do chão,
tudo é tão lindo para os amantes
que os arcos já devem ser de turbilhão.


Xosé Lois García
O Som das Águas Lentas, 1999

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