Uma voz veio do clarão cru do fundo. Era uma voz rouca, forçadamente velada, que tentava suscitar a atenção. Cabeças voltaram-se; outras não se moveram. A voz rouca ciciava:
Never let me go
love me much, too much
if you let me go
love would loose its touch...
Por entre as cabeças voltadas houve uma explosão de amarelo. Uma cara ficou com traços, traços pronunciados e com sombras que os acentuavam mais. O cigarro aceso e a explosão de amarelo findou num estrebuchar.
Baptista-Bastos
O Secreto Adeus, O Jornal, 4ª ed.
(1963; 1985)
Nat King Cole
Never Let me Go
(1956)
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