terça-feira, 13 de novembro de 2012

Azul - LXXXIII

LEITURAS EM NOVEMBRO

O mar bate como se o sopro
do separar das águas de novo
rasgasse a terra alcantilada.
Não o vejo, mas ao longe
oiço, no êxtase, o rumor
das ondas infinitamente.
Depois calamo-nos ouvindo
a voz interior apenas e pensamos
nos livros que consubstanciam
a separação entre a terra e a água.


Fiama Hasse Pais Brandão
Cenas Vivas
(2000)

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