(...) Mas o velho gosta de conviver com o novo: a invenção da fotografia não matou a pintura (nem a gravura), as imagens em movimento do cinema não apagaram as imagens fixas da fotografia, nem a cor desbotou o preto e branco. No processo tradicional da gelatina e prata, o que a química (luz) faz é roubar um eletrão ao ião cloreto (ou brometo) para o oferecer ao ião prata, que passa a prata metálica (preta, quando finamente dividida). O digital continua a funcionar com eletrões, e, onde há eletrões, há química.
Jorge Calado
Expresso, 17/03/2012
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