Os amores felizes não têm história, escreveu há anos Louise Poissant [Poissant, 1988] na senda de Tolstoi. Com efeito. Depois dos obstáculos, nada mais há a contar. Sim, assumimos ao longo dos séculos que a felicidade não tem história. Tolstoi deixou-o bem claro. O amor não é feliz. Ou, pelo menos, assim temos a prová-lo uma longa tradição que o liga primeiro ao corpo, depois à alma, mas sempre à morte, essa ilha em que o humano se define e perde. E viveram felizes para sempre não tem comentário possível. Assim cai o pano.
Emília Ferreira
Aras Banhadas de Sangue Humano, in A Pulsão do Amor - Arte Partilhada Millennium bcp - Catálogo da Exposição - Espaço Chiado, Coimbra, Festival das Artes - 16/6-17/9/2011
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