(...) O fim do mundo, sim. Talvez o fim do mundo nos revele o que um perplexo século de evolucionismo não foi capaz de desvelar. Como é que , na admirável engenharia do mundo, de tão económica racionalidade, se explica a sumptuária dissipação do orgasmo feminino? O prosaico orgasmo masculino é autoexplicativo: seminal e basta. Mas o esplendor, exuberante ou gutural, do êxtase feminino é um luxo obsceno, espécie de Prada ou Gucci da fusão dos corpos. (...)
Manuel S. Fonseca
O Fim do Mundo - Actual, Jornal Expresso
(8/09/2012)
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