Branco - XCIV
EU VI AS VOZES
Eu vi as vozes claramente vistas
e quis ver mais:
é este o quase branco dos avós
e dos avós desses avós sem pais?
Não ouço o silêncio que desliza
pelo branco,
nem quero saber mais:
eu vi as vozes sem sons nem pranto.
José António Matos
Que venham as aves - poemas 2005/2015, Real Gana, i.e., Figueira da Foz, 2016
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